Quando Goiânia ganhou uma praia



Vamos a praia? Pergunta esquisita pra quem mora em Goiânia, não? Bem, não para o grupo de Teatro Bastet. É que ontem, no calorão que fazia no feriado de 7 de setembro, eles decidiram ir a praia, ou melhor a la praia, e levar o público junto.
Em meio a muita confusão, os palhaços Florentim e Henriqueta montaram uma praia imaginária bem ali no Parque Vaca Brava. Com tudo o que se tem direito: sol feito de balão amarelo (se bem que às 11h da manhã não precisava de mais sol), areia feita de polvilho e é claro, o mar construído numa mini-piscina de plástico. Nada que ocupe muito espaço.
Mesmo com todo esse aparato artificial, Henriqueta faz uma reivindicação para os políticos dessa eleição que todos acharam muito justa: a construção de uma praia em Goiânia com mar de verdade.
A interação com o público também é boa. Adultos e crianças são chamados ao palco para ajudar a construir a praia, porque afinal, praia sem gente não é praia não é mesmo? Então, dá-le gente pra fazer exercício, segurar o sol e ser o cobaia no número do fogo que marca o luau de inauguração.
“Vamos a la praia” é um espetáculo divertido, que brinca com o imaginário do público e com o desejo reprimido de um estado que não tem praia. Mas ainda está incompleto e isso dá para perceber claramente quando acaba de repente depois de alguns números de circo, sem um clímax ou algo que realmente justifique o desfecho.
De acordo com o ator Thiago Moura, que interpreta Florentim, a peça ainda está em construção. E as apresentações durante esse período servem para ajudar na montagem. Para finalizar o espetáculo o Grupo de Teatro Bastet traz no fim desse mês o ator espanhol, radicado no Brasil, Pepe Nuñez, que irá dirigir “Vamos a la praia”.

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    Goiânia, Goiás, Brazil
    Jornalista por formação, especialista em Filosofia da Arte. Trabalho em TV, mas sempre ligada ao Jornalismo Cultural, com ênfase em Teatro e Cinema.

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