Conversas Fílmicas – Parte 2




O fabuloso destino de Amelie Poulain

por José Aurélio

Como todo amante de filmes policiais, de ação, de ficção científica e admirador de tiros e explosões, confesso que fui tentado a achar que se tratava de algo do tipo “água com açúcar”. Adorável engano. A história da introvertida Amelie Poulain é tão simples quanto fascinante. A começar pela abertura. Enquanto os nomes dos produtores são apresentados, temos o resumo do que deve ter sido a infância de Amelie. Impossível não se identificar com pelo menos metade das cenas. Numa delas a menina atira pedras chatas sobre a água de um lago. Hábito que ela vai conservar por toda a vida. Mas nem tudo são flores. No desenrolar da apresentação percebe-se os motivos que vão transformar a protagonista, quando adulta, na tímida perfeita. Incapaz de ser indiscreta, Amelie desenvolve um mundo próprio, cultivando o prazer pelas coisas simples, como por exemplo enfiar as mãos nos sacos de cereais “in natura” na feira. Nada que demande o contato com outras pessoas. Até que acha uma caixa de brinquedos escondida há décadas e depois encontra o dono, já sessentão. Depois de ver a alegria com que ele recebe o inusitado presente, Amelie decide espalhar o bem. E o espalha de um modo fascinante, revelando que, como quase todos os tímidos, é também dotada de uma inteligência superior. Despida de preconceitos, nutre amizade pelos mais diferentes tipos e se apaixona por um rapaz que coleciona fotos encontradas no lixo e que trabalha numa espécie de sex shop. Para seduzi-lo, Amelie o envolve num mistério delicioso, até que o momento da revelação não possa mais esperar. A timidez da moça passa a ser o último empecilho para o romance. Barreira que ela vence com dificuldade e com a ajuda dos conselhos de um amigo pintor. Os últimos trechos do longa-metragem conseguem traduzir como é verdadeira a paixão dos dois, que passeiam por Paris numa mobillete, alheios ao que não interessa, vivendo o amor como deve ser. Simples. Fora o enredo, merecem comentários a edição, que destrói qualquer vestígio de monotonia, e os efeitos especiais, usados com freqüência e de forma inacreditavelmente criativa. Não importa o que você pense, se você é um ser humano, esse filme é pra você.

Comentários Mayara:

“O fabuloso destino de Amelie Poulain” é meu filme preferido. Mistura a delicadeza de uma história de amor, com uma fotografia belíssima, criatividade no roteiro, inusitado e histórias engraçadas. A Amelie é adorável, é uma daquelas mulheres que ainda conserva a pureza de criança. Ela quer fazer o bem e também quer um amor e é por isso que ela traça as famosas estratagemas, que dão o tom de comédia para o longa.
A imaginação de Amelie é fantástica, como quando ela inventa a razão do atraso de Nino. É muito mais fácil achar que ele foi sequestrado, se envolveu em um acidente, perdeu a memória e foi viver num país longe, que encarar uma possível desilusão amorosa.
Na verdade, o que move a Amelie é o medo de se decepcionar, o medo de acabar sozinha como a mulher do quadro do Renoir, que está só mesmo rodeada de gente.
Sim, José Aurélio, esse é um filme para ser assistido por qualquer ser humano, inclusive os mais sensíveis!


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Conversas Fílmicas – Parte 1 (Miami Vice)



Como primeira missão tive que assistir “Miami Vice” (Miami Vice, 2006). Usando uma frase do policial Rico (Jamie Foxx) para definir o filme: “Mostrar distintivo, empunhar a arma e efetuar prisão. É isso o que fazemos”. Pelo menos à primeira vista.
Indo um pouquinho mais ao fundo pode-se ver mais do que violência, tiros, mortos e feridos. Há o romance entre o policial Sonny (Colin Farrell) e a criminosa Isabella (Gang Li), o que deixa o filme ainda mais atraente, já que a todo momento fica no ar aquela dúvida: quando ela vai descobrir que ele é um policial infiltrado no narcotráfico? E a todo momento vemos o envolvimento dele com Isabella aumentar.
O começo do filme é fraco e auto-explicativo. Toda aquelas cenas iniciais para explicar a razão de Rico e Sonny se infiltrarem no tráfico poderiam ter entrado por meio de flashbacks logo depois que a ação realmente começa (depois que Isabella leva Sonny para Havana).
E falando em Havana, as sequências de Cuba são a parte mais bonita do filme. Lá as cores são mais vibrantes. O café da manhã dos personagens num bar é lindo, com uma paisagem iluminada que teima em aparecer pela porta do local.
A cena em que os dois andam de lancha também é muito bonita, com o barco desenhando uma grande linha branca em meio ao oceano azul escuro que faz divisa com o azul já quase noite do céu.
Uma brincadeira engraçada e que pode passar quase desapercebida é quando Isabella e Sonny estão conversando sobre mudar de vida. E ela diz que é impossível, já que tudo é controlado por Jesus. Longe de ser Jesus Cristo, é Jesus Montoya, o chefe do narcotráfico. Pois é, estamos num mundo controlado por bandidos.
Há coisas apelativas e desnecessários no filme, como mostrar os buracos de balas nos mortos ou a cena de sexo entre Rico e a namorada. Sem uma razão concreta para existirem a não ser, é claro, chamar a atenção do expectador.
Mas queria mesmo entender nesse tipo de filme duas coisas: Por que tem sempre dois parceiros e um deles é solteiro e o outro não? E porque os bandidos sempre pegam a mulher do outro como refém?
José Aurélio, consegue me responder?

Comentários José Aurélio:

“Belos comentários. Espero ter realmente agradado você com a sugestão. É um dos meus filmes favoritos. Quanto às suas perguntas, é claro que posso explicar. O lance do solteiro e do casado é pra gerar diálogo. Cada um com sua experiência proporciona mais riqueza em qualquer enredo. Já o lance de sequestrar a mulher do inimigo, é fácil. O psicológico masculino é previsível. Qual é a pior coisa, depois da castração, para qualquer homem? Ser traído ou ser incapaz de proteger a mulher. O bandido sabe disso e é baixo, joga sujo. Nada mais justo que sequestre a mulher do mocinho. Salvá-la depois é outro lance previsível e que sempre serve de desfecho bem sucedido pra filmes do tipo. As histórias são sempre as mesmas. O mérito do diretor e equipe é saber contá-la de modo diferente.
 Ah... buracos de bala na cabeça das pessoas, entre outras coisas, podem não parecer agradáveis à uma mulher. Mas são tempero indispensável na opinião de quase todo homem que se interessa pelo gênero. Cenas de sexo idem”.

Anote na Agenda (19/12/09)

TEATRO

Os Exculaxados
Com Beto Moreno, Eduardo Rossan, Rafael Carvalho e Wilson Ferreira
Horário: 21h
Local: Teatro Marista
Endereço: Rua Hugo Brill,nº 109, Setor Marista
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)
Informações: 4009-5887

Putzz Grill
Com Oscar Filho (CQC)
Horário: 19H30 E 21h
Local: Teatro Católica
Endereço: Av. Fued J. Sebba, próximo ao Estádio Serra Dourada, Jd. Goiás
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) R$ 30,00 (meia)

Conversas fílmicas – O início

Durante conversas no MSN eu e um amigo, o jornalista José Aurélio Mendes, decidimos trocar experiências fílmicas. A ideia seria a seguinte: eu escolheria uma lista de dez filmes para que ele assistisse e eu teria uma lista com outros dez para ver. Não só isso, também teríamos que escrever sobre os longas.
Achei a ideia ótima, visto que eu poderia me inserir numa outra categoria de filmes, bem diferentes daqueles que assisto normalmente e também compartilharia meus longas preferidos com um amigo.
Sofri o primeiro impacto quando li a lista preparada pelo José Aurélio, a grande maioria composta por filmes de ação (eu adoro drama!). Confesso, “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” e “Fogo contra fogo” me aterrorizaram só pelo nome (eu sei, eu sei, é puro preconceito com esse gênero). Depois do baque inicial fiquei curiosa para vê-los e achei que poderia ser uma experiência muito proveitosa.
Nesse fim de semana fui até a locadora para alugar o primeiro filme da lista. Fiquei com um certo receio da prateleira onde uma placa anunciava em letras garrafais: AÇÃO. Ai ai, tive que me segurar para não sair correndo quando vi que os longas da minha lista estava ao lado de “Conan, o Bárbaro” e “Sr. e Sr. Smith”. Entretanto, resisti e continuei procurando pelo título. Mas juro que pensei “isso não vai dar certo” quando eu vi os atores com armas nas mãos nas capas dos DVDs que eu iria locar ao longo das próximas semanas.
Agora acho que muito mais que uma experiência proveitosa, essa conversa fílmica entre amigos vai me ajudar a superar alguns preconceitos que eu nem sabia que tinha.

A lista preparada por José Aurélio para mim é a seguinte:

1. Miami Vice
2. Jogos Trapaças e Dois Canos Fumegantes
3. Quero Ser John Malcovik
4. Por Um Triz
5. Ronin
6. Fogo contra Fogo
7. As Duas Faces de Um Crime
8. Irreversível
9. O encantador de Cavalos
10. Tempo de Despertar


Mayara Vila Boa


Da mesma forma que a minha colega Mayara, fiquei receoso de dormir no meio de um dos filmes, parar de assistir antes do fim ou mesmo ter uma diabetes tipo 2, sintoma típico de quem exagera no gênero “água-com-açúcar”. Mais atento aos títulos percebi que poderia não ser o caso. Como crítica de cinema, formada e pós-graduada, não seria esse o gosto de Mayara. Decidi embarcar nesse desafio. Como já dizia um “amigo meu”, “a mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original". Essa colisão de mundos só poderia resultar em mais conhecimento e sensibilidade. Abaixar o cano das armas e apagar o pavio das bombas seria uma oportunidade para conhecer, não só a Mayara, mas toda uma fatia da população que enxerga mais do que o óbvio nas telas e sente a necessidade de algo mais profundo para que a ida ao cinema valha à pena. Como pensa esse pessoal “cabeça”? É o que vou começar a entender agora. Espero que depois dessa sequência de títulos eu já possa dar carteirada de entendido no gênero dramático nas rodas intelectuais dos jornalistas mais conceituados.



A lista indicada a mim pela Mayara foi:

1. O Fabuloso Destino de Amelie Poulin
2. A vida dos outros
3. Casa vazia
4. Cinema paradiso
5. Antes do amanhecer
6. Antes do por do sol
7. Frida
8. Era uma vez no oeste
9. O ano em que meus pais saíram de férias
10. Matching Point

José Aurélio

A falsa moral em “Toda nudez será castigada”



O filme “Todo nudez será castigada” (1973), de Arnaldo Jabor, é baseado na peça de teatro homônima de Nelson Rodrigues, escrita em 1965. É a história de Geni e Herculano, uma prostituta e um viúvo que se apaixonam e se casam, mesmo com o preconceito da família dele.
A primeira cena é de Herculano passeando com um carro conversível pela cidade. Ao chegar em casa, ele encontra uma fita deixada por Geni, onde ouve a surpreendente frase inicial: “Herculano, aqui quem fala é uma morta...”. A partir daí ela começa a contar todos os fatos que desencadearam no suicídio (aliás, tema recorrente em Nelson Rodrigues).
Então vemos como tudo começou. O viúvo chora pela esposa morta na casa das tias solteironas. O irmão, para vê-lo livre da depressão e também da possibilidade de ficar sem o sustento de Herculano, resolve apresentar Geni para ele.
Mesmo com toda a resistência, o viúvo decide ir até o prostíbulo. É aí que eles se apaixonam. Mas Herculano, um moralista, fica dividido entre amar uma prostituta e o papel de homem honrado e pai de família. Outro problema é o filho dele, Serginho, um jovem de dezoito anos que faz o pai prometer que nunca se casará novamente.
Há também as tias do viúvo, moralistas, alcoviteiras e que fazem de Serginho um grande bebezão mimado. Em uma das cenas as três dão banho no adolescente.
Mas o irmão de Herculano tem um plano infalível para juntar Geni e o viúvo. Ele instrui a prostituta a dizer que ele só vai tocá-la depois do casamento: “Só casando, entendeu? Só casando!” O que faz com que a falsa moral de Herculano seja atiçada e ele pede Geni em casamento.
Serginho ao ver o pai com a prostituta tem uma crise, arruma confusão em um bar e vai parar na cadeia. Lá ele é estuprado. Então, ele decide se vingar de Herculano. O jovem não só aprova o casamento do pai como se torna amante da madrasta.
A história coloca à prova nossa moral, ou melhor nossa falsa moral. Um exemplo claro disso é durante a cerimônia de casamento de Geni e Herculano. Uma das tias fala para a outra que a noiva está muito bonita e que nem parece uma prostituta. A outra responde que Geni nunca foi prostituta, que ela está inventando coisas, já que deve estar esclerosada.
O filme também questiona o papel da mulher e a imposição da castidade na sociedade da época. Geni só “serve para casar” depois que se recusa a fazer sexo com Herculano. Como se isso devolvesse à ela a virgindade. Ou melhor, como se isso fosse primordial para que ela se tornasse respeitada perante a sociedade.
“Toda nudez será castigada” é uma ótima junção das histórias de Nelson Rodrigues e a boa direção de Arnaldo Jabor. Envolvente do começo ao fim, já no início temos o impacto da gravação de Geni e a revelação de que está morta, mas ela é uma morta que conta uma história. Uma história que também tem um final surpreendente. É um daqueles filmes que não dá para deixar de assistir.

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Anote na Agenda (13/12/09)

TEATRO

Preciso Olhar
Com Cia. Nú Escuro
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 14,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia)
Informações: 3524-2541

O Contador de História do Cerrado
Com Grupo de teatro Arte e Fogo
Horário: 17h
Local: Centro Cultural Martim Cererê
Endereço: Rua 94-A, s/nº, Setor Sul
Ingressos: Entrada Franca

De Tudo Um Pouco
Com Rafael Cortez (CQC)
Horário: 20h e 21h
Local: Teatro Madre Esperança Garrido
Endereço: Av. Contorno, Centro. Perto do Mutirama
Ingressos: R$ 60,00(inteira) e R$ 30,00 (meia)
Informações: 3223-1328

Morte em Veneza, a perseguição do belo



“Morte em Veneza” (Mort à Venise, 1971), de Luchino Visconti conta a história do músico Gustave Aschenbach, que se apaixona pelo adolescente Tadzio. Os dois passam férias no mesmo hotel em Veneza. Aschenbach está sozinho tentando repousar, enquanto Tadzio passa as férias com a família.
Em encontros furtivos nas áreas comuns do hotel, na praia e pelas ruas de Veneza o músico se apaixona pela beleza quase angelical do jovem. O amor de Aschenbach é contemplativo, platônico e marcado pelo sofrimento de não poder alcançar aquilo que é desejado: a perfeição da beleza. Uma beleza que deixa a arte e passa a ser personificada no físico.
“Morte em Veneza” vai além do amor impossível dos dois personagens, é também uma reflexão sobre o belo e sobre o que pode a arte. De um lado está Aschenbach, que acha que o belo estaria numa obra perfeita, mas que isso não seria possível para um artista. De outro lado está o Alfred (amigo do músico), que em falshbacks, fala sobre a beleza contida nas imperfeições. Alfred diz que a base para agradar a todos está na mediocridade.

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“Preciso olhar”, a versatilidade em cena*



Eles já foram trapaceiros no “Cabra que matou as cabras”, contadores de causos em “Carro caído”, loucos no “Alienista”, bonecos em “Envelopes”, governadores e escravos em “Seu Palácio conta estória”, isso dentre tantas outras coisas... Agora eles são Hélio Fróes, Adriana Brito, Izabela Nascente e Lázaro Tuim procurando uma identidade em “Preciso Olhar”.
Gente como a gente. Hélio tem hiperhidrose, Adriana assiste filmes antigos, Izabela se prostitui para suas personagens e Tuim tem vergonha dos quilinhos a mais. E tudo isso em cena. Os atores se desnudam no palco. Pra falar a verdade, essa é a palavra: desnudar.
A peça, com direção de Henrique Rodovalho, começa com a projeção de um vídeo em que aparecem os quatro atores, cada um em um canto da tela. Uma parte do corpo de cada vez. Vamos descobrindo os olhos, a boca, o peito, a barriga, a perna, as cicatrizes e tatuagens de cada um. Partes de um todo.
Seres humanos dotados de capacidade de se socializar, principalmente se o motivo for bom, isto é: uma fêmea. Bem vindos ao Discovery Channel da Cia. Nu Escuro, uma voz, muito parecida com a de programas sobre vida animal, narra as ações dos atores na primeira cena, que se mostram exímios representantes de nossa espécie.
Os atores fazem parte de um mundo particular que transforma cada um de nós e caracteriza nosso regionalismo. Quatro pessoas que representam o todo. Do planeta Terra à Goiás, somos um Estado cercado por outros cinco. Temos cidades terminadas com “lândia”, como Damolândia, Doverlândia, o Distrito Federal está em nosso território e ainda há as turísticas Caldas Novas, Goiás e Pirenópolis. Goianos do pé rachado, que se transformaram, deixaram o carro de boi de lado e agora andam de Hilux e escutam Leonardo.
E se tem a busca por uma identidade como ser humano e como um ser inserido em uma sociedade, tem também a busca de uma identidade enquanto atores. Tudo começa com uma cena narrada por Adriana Brito, com direito a avião caindo, um casal brigão, um amigo intrometido, um outro que vive debaixo da saia da avó, uma velha que só fala de doenças e uma aeromoça que usa de toda a sua sensualidade para mandar os passageiros colocarem o cinto de segurnaça. Depois de toda essa mistureba os atores resolvem questionar o teatro.
Essa é uma das melhores partes da peça. Nesse momento a companhia mostra que conhece e transita bem por diferentes tipos de teatro, do apelo sexual de Nelson Rodrigues à grande expressividade do teatro de rua em uma única frase.
Com essa peça, a Cia. Nu Escuro mostra mais uma vez que tem uma identidade versátil, capaz de combinar diferentes linguagens e que atores e direção estão afinados, trabalhando em perfeita harmonia. Quem não assistiu a peça, precisa olhar...

*Essa crítica foi escrita depois da estreia de “Preciso olhar”, no dia 15 de março no Teatro Goiânia.

Foto: Rubens Cerqueira

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Anote na Agenda (12/12/09)

TEATRO

Preciso Olhar
Com Cia. Nú Escuro
Horário: 21h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 14,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia)
Informações: 3524-2541

No Bosque dos Sabiás
Com mais de 60 alunos do Sesi Jardim Planalto
Horário: 16h
Local: Centro Cultural Martim Cererê
Endereço: Rua 94-A, s/nº, Setor Sul
Ingressos: R$ 4,00

Contos Populares
Com Gwaya - Contadores de História
Horário: 20h (serviço) e 21h30 (apresentação)
Local: Oficina Cultural Geppetto
Endereço: Rua 1013, nº467, Setor Pedro Ludovico
Ingresso: R$ 20,00 (adultos) e R$ 10,00 (crianças até 12 anos)
(inclui pizza, refrigerante, suco e a apresentação
Informações: 3241-8447


CINEMA

Morte a Venezia
Projeto de Extensão "Da estética do filme ao imaginário arquitetônico"
Com comentários dos Professores Marcelina Gorni (UEG) e Ademir Luiz (UEG) .
Mediação de Gabrielly Araújo (monitora) a participação da aluna Sara Cândida Gomes de Matos (monitora).
Horário: 15h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: Entrada Franca
Informações: 3524-2541
Sinopse: O compositor Gustave Aschenbach viaja à Veneza para repousar após um período de stress artístico e pessoal. Lá ele desenvolve uma atração perturbadora pela beleza efébica de Tadzio, um adolescente púbere em férias com a família pertencente à nobreza polonesa.

Anote na Agenda (11/12/09)

TEATRO

A Peleja da Menina que Caiu em Conversa de Passarinho
Com Grupo Passarinhos do Cerrado
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: 3524-2541
Sinopse: Uma menina vai em busca do sonho de aprender a dançar. Esta jornada, recheada com 14 canções, leva a personagem a conhecer figuras emblemáticas da cultura popular.


CINEMA

Mostra de Cinema Português
O Leão da Estrela (1947 – 113m)
Horário: 12h30, 15h, 18h e 20h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$1,00
Informações: 3524-2541

DANÇA

Sobre o que Não É Dito
Com Quasar Cia. de Dança
Horário: 21h
Local: Espaço Quasar
Endereço: Rua T-28, nº 729, Setor Bueno
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Informações: 3251-5580

Brasis
Com Studio Rossana Cardoso Ballet e Art
Horário: 20h
Local: Teatro Rio Vermelho do Centro de Convenções
Endereço: Rua 4, Centro
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Informações: 3641-0063

Luz, câmera, ação: com vocês, os alunos da UEG!

Ontem, dia sete de novembro, a Universidade Estadual de Goiás realizou a primeira Mostra Audiovisual. Foram exibidos onze vídeos feitos durante o ano de 2009 pelos estudantes. Uma ótima iniciativa para incentivar a produção estudantil e também para colocar à prova o que está sendo produzido na universidade. A seguir um pouco sobre os filmes:

“Neurose”, de Kaco Olímpio e Pedro Caixeta, é a história de uma mulher que tenta superar o medo de andar de elevador. Com ótima atuação de Adriana Veloso, o curta mostra o desespero da personagem, que imagina inúmeros problemas que podem acontecer ao pegar o elevador, como incêndio, ficar presa, superlotação.
O vídeo é bem construído, tem narrativa simples e bem executada. Destaque para a cena feita com câmera interna do elevador e também para as pessoas entrando vestidas de preto e com boca tapada com fita.

Como “Zelig”, de Wood Allen, “Eduardo ou Mônica”, de Raíza Martins, deixa no ar se é ou não um documentário. Mas longe de ser um “Zelig”, o curta apresenta seus problemas. A atuação do ator principal não é forte o suficiente para convencer o expectador de que ele realmente é um homoxessual que alterna a personalidade entre Eduardo e Mônica. O tom é afeminado e forçado. O filme é chatinho, assim como se descreve o personagem durante o curta. Mas, como diria o pai de Eduardo: “Eduardo, aquele pecado de Sodoma? Prefiro não falar disso!”

“A menina que colecionava gatos”, de Guilherme Gardini e Ana Lídia Oliveira, conta a história de uma garotinha e sua paixão por gatos. Tem uma fotografia muito bonita, a direção de arte é boa (o quarto da menina é lindo), mas a história é fraca, não há um grande atrativo, muito menos um clímax.

“Enquanto”, de Larissa Fernandes, é a história dos desencontros de Marina e Bento. Ela veio de São Paulo para conhecê-lo, mas um contratempo faz com que a jovem saia pela cidade sem ele. Belo retrato do centro de Goiânia, mostrando os prédios, os monumentos, as pessoas, as ruas. Coisas do nosso cotidiano que ganharam graça na tela. Às vezes eu me perguntava: Onde está a Goiânia tão bonita desse filme?
O final peca um pouco, com uma solução muito rápida para os jovens.

“Eu não caibo mais aqui”, de Benedito Ferreira, mostra o cotidiano de um homem que não cabe mais dentro dele mesmo. Sem palavras e com muitas cenas bonitas, ele faz bolinhas de sabão, é rodeado por balões enquanto está nu, come enquanto a porta da geladeira está aberta e deixa transparecer o grande tédio de ser ele mesmo. Tudo é muito bem traduzido na cena em que ele aparece na rua com uma casa de papelão na cabeça, como quem diz: cresci tanto que já não pertenço mais ao meu lugar.

“Deutschen erklaren 'das eines films”, de Bruno Lino, é uma ótima comédia. Trata-se de um vídeo caseiro que simula uma aula em alemão (falada no pior alemão inventado possível, para risos e mais risos da plateia) sobre pós-edição em cinema.

“Maria Grampinho, Suas Trouxas, Seus Botões, Seus Haveres”, de Maianí Gontijo e Verônica Brandão é o único documentário da mostra. Fala sobre Maria Grampinho, moradora da Cidade de Goiás e inquilina de Cora Coralina.
Uma ótima personagem que poderia ser ainda melhor explorada se não fossem as falas muito curtas e picotadas dos entrevistados intercaladas por uma música que não dura um segundo de sonora para sonora. Deve ter cuidado com a manipulação do zoom, para não ficar parecendo uma câmera nervosa. Bom o recurso de ter colocado o poema cantado que Cora Coralina fez para a personagem no final do documentário.

“Amor sem palavras”, deThiago Augusto, usa a linguagem do cinema mudo para falar sobre problemas de comunicação de um casal. A pantomima é exagerada.

“Campanha contra a homofobia”, de Kaisson Labre, é uma campanha institucional contra a homofobia. É bem filmada.

“Retrocesso”, de Kaco Olímpio, é um ótimo filme de um minuto que mostra a ação de um serial killer ao contrário. Dos tiros à entrada do assassino no colégio tudo muito dinâmico e interessante.

“Menino de Papel”, de Ana Lídia, é um plano sequência sobre um menino de papel. Na realidade tudo é feito de papel e muito, mas muito simples.


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Anote na Agenda (08/12/09)

CINEMA

Mostra de Cinema Português
Peixe-Lua (2000 – 119m)
Horário: 12h30, 15h, 18h e 20h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$1,00
Informações: 3524-2541

Cineclube Cascavel
São Paulo Sociedade Anônima,de Luiz Sérgio Person (107 min)
Horário: 19h30
Local: Centro Cultural Cara Vídeo
Endereço: Rua 83, nº 361, Setor Sul
Ingressos: Entrada franca
Informações: http://cineclubecascavel.blogspot.com/
Sinopse: Grande painel sobre o impacto das transformações sociais e econômicas na cidade de São Paulo provocadas pelo surto da implantação da indústria automobilística no Brasil, sob a ótica de um indivíduo em ascensão. Após casar-se, ter amantes e progredir socialmente, unindo-se a um empresário do setor automobilístico, ele entra em crise e tenta abandonar sua carreira e sua vida conjugal.

Anote na Agenda (07/12/09)

CINEMA

1ª Mostra Audiovisual da UEG
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: Entrada Franca
Informações: 3524-2541

Filmes e Sinopeses:

NEUROSE - de Kaco Olímpio e Pedro Caixeta (05’15’’)
Num sufocante espaço de hall sombrio e deserto, uma mulher se vê frente à imagem personificada de seu maior medo: um elevador. Entre perigos reais e exageradas criações de sua própria mente, ela batalha pela necessidade de se superar nessa terrível confrontação.

EDUARDO OU MÔNICA - de Raíza Martins (07’58’’)
“Eduardo ou Mônica, Eduardo e Mônica... Tanto faz. Eu sou os dois. Gosto de ser os dois!” (personagem Eduardo Leal).
Família, amigos, segredos de uma vida... Existem limites neste documentário?

A MENINA QUE COLECIONAVA GATOS - de Guilherme Gardini e Ana Lídia Oliveira (04’55’’)
Sonho ou não, ela coleciona bichinhos que fazem miau.

ENQUANTO - de Larissa Fernandes (11’57’’)
Marina acaba de chegar em Goiânia e espera por Bento na rodoviária, porém um contratempo provoca um desencontro. Marina então decide descobrir por si mesma a nova cidade enquanto Bento tenta encontrá-la.

EU JÁ NÃO CAIBO MAIS AQUI - de Benedito Ferreira - Melhor Vídeo de Ficção Universitário e Melhor Direção de Arte 5º Festcine (03’55’’)
Um cara já não cabe mais em si.

DEUTSCHEN ERKLAREN 'DAS EINES FILMS - de Bruno Lino - 1° Lugar Vídeo Caseiro 5º Festcinen (3’07’’)
Pseudo vídeo-aula em "alemão" sobre a finalização no cinema (pós-produção).

MARIA GRAMPINHO, SUAS TROUXAS, SEUS BOTÕES, SEUS HAVERES - de Maianí Gontijo e Verônica Brandão - Melhor Vídeo Documentário Universitário 5º Festcine (09’18’’)
Memórias do universo imaginário do povo vilaboense de uma personagem, inquilina de Cora Coralina, que ainda hoje povoa os becos e ruas da Cidade de Goiás, Maria Grampinho.

AMOR SEM PALAVRAS – de Thiago Augusto – Melhor Filme pelo Júri Popular 9ª Goiânia Mostra Curtas (03’00’’)
Problemas de comunicação em um relacionamento. Um experimento que retoma padrões do cinema mudo.

CAMPANHA CONTRA A HOMOFOBIA – de Kaisson Labre (01’00’’)
Campanha institucional fictícia contra homofobia.

RETROCESSO – de Kaco Olímpio (01’01’’)
Narrativa experimental em plano-sequência de um assassinato em massa.

MENINO DE PAPEL – de Ana Lídia Oliveira (02’07’’)
Ele acreditava e porque acreditava existia. Um plano-sequência sobre um menino de papel.

Anote na Agenda (06/12/09)

TEATRO

Um sonho de Natal
Com Escola de Dança
Horário: 20h
Local: Teatro Madre Esperança Garrido
Endereço: Av. Contorno, Centro. Perto do Mutirama
Ingressos: Entrada franca
Informações: 3285-2656

CINEMA

Mostra de Cinema Português
The Lovebirds (2007 – 83m)
Horário: 12h30, 15h, 18h e 20h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$1,00
Informações: 3524-2541

Anote na Agenda (05/12/09)

TEATRO

Macário
Com Cia. Teatral Oops!..
Horário: 21h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: 3524-2541
Sinopse: O jovem estudante Macário chega numa taverna para passar a noite e começa a conversar com um estranho. De repente, acontecem fatos inusitados e O Desconhecido leva-lhe a uma cidade de devassidão, povoada por prostitutas e estudantes, onde Macário tem uma alucinação envolvendo sua mãe.
Macário é considerada a obra-prima de Álvares de Azevedo.


CINEMA

Mostra de Cinema Português
Filha da Mãe (1990 – 105m)
Horário: 12h30, 15h, 18h e 20h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$1,00
Informações: 3524-2541


FESTIVAL


2º Festival Juriti de Música e Poesia
Com participação participação do percussionista Mestre Alemão, Cia. de Teatro Nu Escuro, Bloco Lua-Alá e cantor João Bino.
Hoário: a partir das 16h
Local: Praça Vicente Sanches de Almeida, Setor Crimeia Leste

Abraços Partidos



“Abraços Partidos” (Los abrazos rotos), novo filme de Pedro Almodóvar, que acaba de estrear em Goiânia traz o cinema dentro do cinema. É a história de amor de Mateo (Lluís Homar) e Lena (Penélope Cruz), um diretor de filmes que encontra a paixão em uma aspirante a atriz. Amor esse que é interrompido por um acidente de carro depois que os dois fogem de Ernesto (José Luis Gómez), o marido ciumento e obsessivo de Lena.
Mateo perde também a visão no acidente. A partir daí ele passa a se chamar Hery Cane e a escrever roteiros com a ajuda da amiga Judit (Blanca Portillo) e do filho dela Diego (Tamar Novas). Até que a notícia da morte de Ernesto os desperta os segredos guardados há 14 anos.
“Abraços Partidos” foge um pouco da linha de temáticas fortes abordadas por Almodóvar, mas ainda traz a questão da homoxessualidade. É a história do cinema visto aos olhos de um diretor agora cego, com amplo destaque para as imagens. Há cenas de uma simplicidade belíssima, como quando uma lágrima da personagem de Penélope Cruz cai sobre um tomate enquanto ela prepara um gaspacho.
Mulheres e Malas, gravado por Mateo tendo Lena como protagonista, é uma alusão clara à “Mulheres a beira de um ataque de nervos”, filme feito por Almodóvar em 1988. A preparação do gaspacho com tranquilizantes, a cama incendiada, o humor, tudo faz parte do longa de 1988. Também é uma brincadeira com algumas divas do cinema, como Audrey Hepburn e Marlin Monroe, que aparecem encarnadas por Lena quando ela faz testes de peruca para Mulheres e Malas.
Mas ao contrário de “Mulheres a beira de um ataque de nervos”, que é um marco na carreira de Almodóvar, Mulheres e Malas não é o grande sucesso de Mateo. Portanto, ele deve continuar já que “um filme deve ser terminado, nem que seja às cegas”.


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Anote na Agenda (04/12/09)

TEATRO

Do Arco da Véia
Com Cia. de Teatro Carlos Moreira
Horário: 21h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: 3524-2541

CINEMA

Mostra de Cinema Português
O Bobo(1987 – 123m)
Horário: 12h30, 15h, 18h e 20h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$1,00
Informações: 3524-2541

MÚSICA

Anote na Agenda (03/12/09)

TEATRO

Dingou Béus
Com Melhores do Mundo
Horário: 21h
Local: Teatro Rio Vermelho, Centro de Convenções
Endereço: Rua 4, Centro
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)
Informações: 3219-3400

Explosão de Alegria
Com Grupo Teatro de Queimadura
Horário: 16h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: Entrada Franca
Informações: 3524-2541

CINEMA

Mostra de Cinema Português
Coisa Ruim (2006 – 100m)
Horário: 12h30, 15h, 18h e 20h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$1,00
Informações: 3524-2541

DANÇA

Yalee
Com Nancy Ribeiro Escola de Danças Árabes
Horário: 21h30
Local: Teatro Marista
Endereço: Rua Hugo Brill,nº 109, Setor Marista
Ingressos: R$ 17,00
Informações: 4009-5887

Anote na Agenda (02/12/09)

TEATRO

Terceira Noite de Talentos
Com Núcleo de Pesquisa Teatral Guilherme Ramos
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 5,00 (preço único)
Informações: 3524-2541

CINEMA

Mostra de Cinema Português
O Leão da Estrela (1947 – 113m)
Horário: 12h30, 15h, 18h e 20h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$1,00
Informações: 3524-2541

DANÇA

A Bela Adormecida
Com Núcleo de Dança Simone Magalhães
Horário: 20h
Local: Teatro Rio Vermelho do Centro de Convenções
Endereço: Rua 4, Centro.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Informações: 3219-3473

Anote na Agenda (01/12/09)

TEATRO

Folclore
Com a Escola Augusto Rodrigues
Horário: 19h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (preço único)
Informações: 3524-2541

CINEMA

Mostra de Cinema Português
A Passagem da Noite (2003 – 95m)
Horário: 12h30, 15h, 18h e 20h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$1,00
Informações: 3524-2541

O Trabalho do Crítico II

"De que serve a crítica? Entre outras coisas, serve de ponte entre o público e o novo, mas mesmo no caso do não novo a crítica serve também para explicitar, para colaborar com a identificação de qualidades: se cada leitor mesmo de uma crítica jornalística fizer seu debate pessoal com o que foi dito -- sabendo que não há obrigatoriedade nem de concordar e nem de discordar com o crítico -- ele vai esclarecer para si mesmo as razões do seu gostei ou não gostei, e com isso tornar-se um espectador mais preparado. É claro que o espectador mais preparado se transforma, igualmente, no espectador mais exigente: mas só um público mais preparado, mais conhecedor das regras do jogo, permite a apresentação de um repertório mais complexo, mais ambicioso ou, no sentido verdadeiro do termo, mais experimental. Conhecer as regras do jogo é crucial para a apreciação mais consciente do trabalho realizado: deixando um momento o teatro de lado, pensem um pouco em termos de público de futebol; por um lado, é claro, saber as regras faz o bom jogo ter muito público e a pelada não. Será que para o teatro não seria também bom garantir o sucesso do bom jogo e o fracasso da pelada? A perspectiva de um bom público para um espetáculo de categoria é significativa até mesmo por proporcionar ao ator a oportunidade de um trabalho prazeroso em uma montagem de qualidade."

Bárbara Heliodora, em O Trabalho do Crítico (www.barbaraheliodora.com)

Anote na Agenda (28/11/09)

TEATRO

A Casa das Mulheres sem Homens
Com a Cia. de Teatro Sala 3
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: 3524-2541

Um dia de faz de conta
Com alunos do Mvsica! Centro de Estudos
Horário: 20h
Local: Teatro Rio Vermelho do Centro de Convenções
Endereço: Rua 4, Centro.
Ingressos: R$ 10,00
Informações: 3219-3473

O circo: uma fabulosa história
Com palhaços Trombada e Trombolho
Horário: 15h30
Local: Núcleo de Teatro Divanir Pimenta
Endereço: Av. Ipanema, nº 1600, Setor Faiçalville
Ingressos: Entrada franca

MÚSICA

Lendas Indígenas e Músicas Afrobrasileiras
Com Vagner Rosafa e André Campelo
Horário: 18h
Local: Ifiteg
Endereço: 7ª Avenida, esquina com 1ª Avenida, nº 531, Setor Leste Universitário
Ingressos: Entrada Franca

SARAU

1º Sarau de quintal
Horário: 17h
Local: Instituto José Mendonça Teles
Endereço: Rua 24, nº 98, Centro.
Informações: 3213-3009

Anote na Agenda (27/11/09)

TEATRO

A Casa das Mulheres sem Homens
Com a Cia. de Teatro Sala 3
Horário: 21h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: 3524-2541


DANÇA


Peter Pan e Michael Jackson na Terra do Nunca
Com o grupo Energia Núcleo de Dança
Horário: 20h30
Local: Teatro Madre Esperança Garrido
Endereço: Av. Contorno, Centro. Perto do Mutirama
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
Informações: 3285-2656

Anote na Agenda (26/11/09)

TEATRO

Escola de Mulheres
Com o Grupo Guará - PUC Goiás
Horário: 20h
Local: Auditório João Bennio – Casa da Indústria do Sesi Goiás
Endereço: Av. Araguaia, Setor Vila Nova
Ingressos: Entrada franca. Convites devem ser retirados antecipadamente no local.
Informações: 3219-1466

O trabalho do crítico

"Todos os que vão assistir qualquer tipo de espetáculo, ou que lêem um livro, ou ouvem uma música ou olham para um quadro são críticos, mas como são críticos basicamente só para si mesmos, e não precisam prestar contas de suas opiniões a ninguém, é claro que o componente “gosto” ou “não gosto” pode ter, na sua reação, um peso muito maior do que o que é permitido ao crítico, principalmente na crítica jornalística: o crítico particular, digamos assim, tem direito de afirmar, por exemplo, que não gostou ou gostou disto ou daquilo porque não gosta, ou gosta, de tragédia, ou de comédia, ou de ópera, ou de gravura: é pelas preferências que ele acalenta em sua visão particular das coisas que ele escolhe ver ou não ver determinado espetáculo ou exposição, ou ler determinado livro, segundo o que ouviu dizer a respeito. Já o crítico que tem de proclamar ao público em geral a sua opinião, em um jornal, não é dado esse privilégio. Já imaginaram uma crítica que começasse com a frase “Eu detesto tragédia mas tive de ir ver....” ou coisa no gênero? Para mim, pessoalmente, muito embora eu saiba muito bem que todo mundo, inclusive os críticos profissionais, tem preferências pessoais, uma das exigências para o desempenho desta odiada profissão é justamente o de se procurar abstrair ou superar tais preferências e tentar encarar o espetáculo a que assisto dentro dos parâmetros a que este se propõe. A definição ou até mesmo proclamação das convicções pessoais do crítico estiveram muito em moda nos anos 60 e 70 entre alguns críticos. com a conseqüência de tudo ser avaliado de acordo com posições ideológicas, mas a mim sempre pareceu fundamental, indispensável, a preocupação do crítico com a identificação do que se propôs o criador - muito embora as convicções pessoais de cada crítico acabem sempre por colorir suas opiniões: isso é um fenômeno cultural inevitável."

Bárbara Heliodora, em O Trabalho do Crítico (www.barbaraheliodora.com)

Anote na Agenda (23/11/09)

Anote na Agenda (22/11/09)

TEATRO

Catolé - Em Terra de Preto História e Lendas do Povo de Cor
Com Renata Caetano
Horário: 15H30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: 3524-2541


CINEMA

Reprise FestCine Goiânia

É Madeira É Mamoré - Dir.: Ângelo Lima - Doc. - Dig. - 15' - 2009
Histórias de Amor Duram Apenas 90' - Dir.:Paulo Halm - Fic. - 35mm - 90' - 2009 - RJ

Horário: 10h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com a Rua 9, Centro.
Ingresso: entrada gratuita
Informações: 3524-2541

Projetos habilitados ao Prêmio curta-metragens da Agepel

A Agepel divulgou uma lista com 31 projetos habilitados ao Prêmio Estadual de Cinema e Vídeo de Curta-Metragem, nos gêneros ficção, documentário ou animação. Destes, serão escolhidos cinco vencedores, que recebem cada um oitenta mil reais para filmar.
Agora os projetos habilitados passam pela Comissão Especial de Avaliação e do Processo e Seleção. Essa comissão é formada por cinco membros, sendo um do Conselho Estadual de Cultura, dois da Agepel, e dois da sociedade ligados a área do audiovisual (um deles é de reconhecimento e atuação nacional).
Na primeira etapa da avaliação serão levadas em conta a originalidade e qualidade do roteiro. Além da viabilidade do orçamento. Na segunda etapa os currículos do diretor da obra, da empresa produtora e da equipe básica são analisados.
O resultado sai em 60 dias.


RELAÇÃO DOS PROJETOS HABILITADOS

01 GUILHERME N. ALVES - José Mendonça Telles: A Vida de Um Poeta Goiano (doc)
02 SIMONE C. DE A. NEVES - Verde Maduro (ficção)
03 ANA L. P. DOS SANTOS - Pércio (doc)
04 PEDRO DE C. GUIMARÃES - Goyá
05 BOTOSSO E VEIGA - Flagrantes da vida de um fotógrafo: Alois Feichtenberger (doc)
06 WAGNER S. BEZERRA - Escolinha de Arte Veiga Valle: O Ideário de Luís Curado (doc)
07 VITOR T. PEREIRA - Three Little Pigs Revolution (animação)
08 JAULIANA C. CHAVES - Concerto de Separação (Ficção)
09 MARCELA BORELA - Avá (doc)
10 ROCHANE C. TORRES - Golpe de Marketing
11 VERBO CERRADO - Koboi (animação)
12 AMARILDO PESSOA - Dia de Ira
13 WILMAR F. DE SOUSA - Ninho de Periquitos
14 SERTÃO FILMES - Cativeiro (ficção)
15 RENATO CIRINO - Palavras Sem Tradução (ficção)
16 WALDIR G. NOGUEIRA - O Inquilino do Flamboyant Rosa da Praça Matriz
17 ALYNE FRATARI - Mañana C´est Carnaval
18 CELSO A. DE SOUSA - O Clássico (doc)
19 MÁRCIO M. PAIXÃO JR. - O Ogro (animação)
20 CELSO M. OLIVEIRA - Fazenda Babilônia
21 ERASMO A. MOURA - Altocontraste (ficção)
22 EDUARDO J. CASTRO - O Lobo Solitário
23 WALDEMAR F. VIEIRA - Contra Tempo
24 ROBNEY B. DE ALMEIDA - Put-Kôe
25 THAÍS R. OLIVEIRA - Marcas D´Água (ficção)
26 FEELMES - Brasileirinho (ficção)
27 ROGELIA G. PINHEIRO - De Repente Noiva (ficção)
28 IVAN LIMA - Paixão de Drácula (ficção)
29 CLÁUDIA NUNES - Doll Test Brasil
30 ORLANDO LEMOS JR. - O Centésimo Dow (doc)
31 HUGO ZORZETTI - El Dia Que Me Quieras (ficção)

Anote na Agenda (19/11/09)

TEATRO

Balé de Sangue
Monólogo com: Ancelmo Soares
Horário: 21h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: 3524-2541.

Anote na Agenda (18/11/09)

TEATRO

Balé de Sangue
Monólogo com: Ancelmo Soares
Horário: 21h
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: 3524-2541.

Temas polêmicos em cena com Balé de Sangue*



Violência, miséira, pobreza, ignorância, frustração. Histórias que revoltam e criam um certo desconforto no público. Essas são as notas que dão o tom do espetáculo teatral Balé de Sangue, interpretado por Ancelmo Soares.

Os textos que compõem o espetáculo são obras do autor Marcelino Freire. São narrativas de vida de pessoas comuns, mas que a sociedade teima em esconder. São mazelas sociais, tabus e temas proibidos.

Uma mulher grávida que confessa que doa os filhos, um menino abusado sexualmente pelo pai, uma mulher que é estuprada e fica grávida do estuprador e um homem que tenta o suicídio, esses são os personagens que compõem Balé de Sangue. Todos são interpretados por Ancelmo Soares.

O ator afirma que teve o primeiro contato com os textos de Marcelino Freire ainda na faculdade de Artes Cênicas. “São textos que falam por si só, são personagens que se expõem de forma dolorosa”, conta Ancelmo Soares.

A estréia da peça foi em abril de 2007. Ainda faltava ritmo até mesmo devido à dificuldade de segurar uma platéia inteira com apenas um ator e a dificuldade de dar vida a personagens tão profundos e fortes como os de Marcelino. Quanto a isso, Ancelmo afirma que está mais maduro para a reapresentação: “O autor da peça assistiu uma apresentação e pôde esclarecer coisas que eu ainda não tinha percebido. Acho que meus personagens estão mais completos agora.”

Autor
O autor pernambucano Marcelino Freire se destacou com a trilogia de contos de temática social: Angu de Sangue, Balé Ralé e Contos Negreiros.

*Essa crítica foi escrita por mim no dia 27 de julho de 2007 e publicada no jornal Diário da Manhã.

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Anote na Agenda (17/11/09)

TEATRO

2º Festival Universitário de Artes Cênicas (Fuga)

Espetáculo: Uma impossível e extraordinária maneira do não amar
Com: Marcela Lima
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Martim Cererê
Endereço: Rua 94-A, s/nº, Setor Sul
Ingressos: entrada franca
Informações: 3201-4691.

VENCEDORES DO V FESTCINE GOIÂNIA

CATEGORIA LONGA DE FICÇÃO

1) PRÊMIO “JOÃO BÊNNIO”:

1.1 - Melhor Filme de ficção – Os Inquilinos – Dir.: Sergio Bianchi – Fic. - 35mm – 103' - 2009 – SP R$ 30.000,00 (trinta mil reais) mais TROFÉU;

1.2 - Melhor Direção - SÉRGIO BIANCHI – Os Inquilinos – Dir.: Sergio Bianchi – Fic. - 35mm – 103' - 2009 – SP -R$20.000,00 (vinte mil reais) mais TROFÉU;

1.3 - Melhor Ator –CAIO BLAT-Historias de Amor Duram Apenas 90 Minutos – Dir.:Paulo Halm – Fic. - 35mm – 90' – 2009 – RJ–R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

1.4 - Melhor Atriz – ALICE BRAGA - Cabeça a Prêmio – Dir.: Marco Ricca – Fic. - 35mm – 105' – 2009 – SP-R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

1.5 - Melhor Ator Coadjuvante - OTÁVIO MULHER - Cabeça a Prêmio – Dir.: Marco Ricca – Fic. - 35mm – 105' – 2009 – SP-– R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

1.6- Melhor Atriz Coadjuvante -VIA NEGROMONTE-Cabeça a Prêmio – Dir.: Marco Ricca – Fic. - 35mm – 105' – 2009 – SP–– R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

1.7 - Melhor Roteiro – BEATRIZ BRACHER - Os Inquilinos – Dir.: Sergio Bianchi – Fic. - 35mm – 103' - 2009 – SP– R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

1.8 - Melhor Fotografia - KÁTIA COELHO - Corpos Celestes – Dir.: Marcos Jorge e Fernando Severo – Fic. - 35mm – 91' – 2009 – PR – R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

1.9 - Melhor Direção de Arte - DANIEL MARQUES-Corpos Celestes – Dir.: Marcos Jorge e Fernando Severo – Fic. - 35mm – 91' – 2009 – PR.– R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

1.10 - Melhor Música ou Trilha Sonora Original - RURIÁ DUPRAT - Corpos Celestes – Dir.: Marcos Jorge e Fernando Severo – Fic. - 35mm – 91' – 2009 – PR– R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

1.11 - Melhor som- VICTÓRIA ZALOCAR - Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos – Dir.:Paulo Halm – Fic. - 35mm – 90' – 2009 – RJ– R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU; e

1.12 - Melhor Montagem - FREDERICO RIBEINCHER – Se Nada Mais Der Certo – Dir.: José Eduardo Belmont – Fic. - 35mm – 116' – 2008 – SP-R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU.

CATEGORIA LONGA DOCUMENTÁRIO


2.1 - Melhor Longa-metragem Documentário- Só Dez Por Cento é Mentira – Dir.: Pedro Cezar – Doc.- Dig – 80' – 2008 – RJ- R$ 30.000,00 (trinta mil reais)

mais TROFÉU;

2.2 - Melhor Direção- PEDRO CÉSAR- Só Dez Por Cento é Mentira – Dir.: Pedro Cézar – Doc.- Dig – 80' – 2008 – RJ. – R$ 10.000,00 (dez mil reais) mais TROFÉU;

2.3 - Melhor Roteiro - MARTA NEHING - Eu, Eu, Eu José Lewgoy – Dir.: Cláudio Kahns – Doc. - Dig. - 95' – 2009 – SP – R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

2.4 - Melhor Fotografia- WALTER CARVALHO – O Homem Que Engarrafava Nuvens – Dir.: Lirio Ferreira – Doc. - 35mm – 107' – 2008 – RJ R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU;

2.5 - Melhor Som - FERNANDO HENNA – Um Homem de Moral – Dir.: Ricardo Dias – Doc.- 35mm – 84' – 2009 – SP R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU; e

2.6 - Melhor Montagem - RAPHAEL ÁLVARES – Dzi Croquettes – Dir.: Tatiana Issa e Raphael Alvarez – Doc.- Dig. - 110' – 2009 R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mais TROFÉU.


CATEGORIA CURTA GOIANO


3.1- Melhor Curta Goiano – Marimbondo Amarelo - Dir.: Amarildo Pessoa – Fic. - Dig. - 20' - 2009Prêmio Estímulo Secretaria Municipal da Cultura à Produção de Curta-Metragem que será destinado à produção de um novo curta para exibição no VI Fescine Goiânia em 2010 – R$ 30.000,00 (trinta mil reais) mais troféu;

3.2-Melhor Curta-metragem de Ficção –Descrição da Ilha da Saudade ou Baudelaire e os Teus Cabelos – Dir.: Alyne Fratari – Fic. - Dig. - 20' – 2008 R$ 10.000,00 (dez mil reais) mais troféu;

3.3-Melhor Curta-metragem Documentário –Rosa, Uma História Brasileira – Dir.: Luiz Eduardo Jorge – Doc. - Dig. - 20' – 2008 R$ 10.000,00 (dez mil reais) mais troféu

3.4-Melhor Curta-metragem Animação –Clareza – Dir.: Carlos Cipriano – Fic. - P&B – Dig. - 02' – 2009 R$ 10.000,00 (dez mil reais) mais troféu


CATEGORIA VÍDEO UNIVERSITÁRIO


Melhor Vídeo Universitário – Edadrebil - Direção Rafael Abdala e Aishá Terumi–UFG-Prêmio Estímulo Secretaria Municipal da Cultura à Produção de Vídeo Universitário que será destinado à produção de um novo vídeo para exibição no VI Festcine Goiânia 2010 – R$ 15.000,00 (quinze mil reais)

Melhor Vídeo de Ficção Universitário- Eu já nao caibo mais aqui - Direção Benedito Ferreira – UEG– R$ 3.000,00 (três mil reais) mais troféu;

Melhor Vídeo Documentário Universitário- Maria Grampinho, suas trouxas, seus botões, seus haveres- Direção Maianí Gontijo e Verônica Brandão – UEG-R$ 3.000,00 (três mil reais) mais troféu;


Melhor Vídeo de Animação Universitário - Rorschac -Direção Rafael Abdala e Aishá Terumi – UFG – R$ 3.000,00 (três mil reais) mais troféu.

CATEGORIA VÍDEO CASEIRO


1° LUGAR DE VÍDEO CASEIRO - Deutschen erklären \Das Ende eines Films – Dir.: Bruno Lino – Fic. - Dig. - 03' – 2009--Prêmio de R$ 2.000,00 (DOIS MIL REAIS)

2° LUGAR DO VÍDEO CASEIRO: O Ataque - Dir.: Rodrigo Assis – Fic. - Dig. - 04' - 2008-R$ 1.300,00( MIL REAIS)

3° LUGAR VÍDEO CASEIRO: Cinésia – Dir.: Estevão Keglevich – Doc. - Dig. - 05' – 2009 -R$ 700,00 (QUINHENTOS REAIS)

Anote na agenda (16/11/09)

CINEMA

FestCine Goiânia

Premiação
Exibição fora de competição de “A Erva do Rato”, de Julio Bressane (fic./80min/RJ)

Horário: 19h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com a Rua 9, Centro.
Ingresso: entrada gratuita


TEATRO

2º Festival Universitário de Artes Cênicas (Fuga)

Espetáculo: Fragmento Frida
Grupo: Taanteatro Cia
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Martim Cererê
Endereço: Rua 94-A, s/nº, Setor Sul
Ingressos: entrada franca
Informações: 3201-4691.

Dzi Croquettes, a arte de ser gente



Dzi Croquettes, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, é o documentário que relembra o grupo homônimo. Mas o que era o Dzi Croquettes? Era um grupo de dança, teatro besteirol, uma família, gente que desafiava a Ditadura e sobretudo ótimos profissionais.
O grupo comandado por Lennie Dale e Walter Ribeiro nasceu na década de 1970, em plena Ditadura Militar. Era composto por 13 homens musculosos, que se vestiam como mulher, dançavam e faziam humor inteligente. Inspirados nos homens que saem vestidos de mulher no carnaval, os Dzi Croquettes escandalizavam uma parte da sociedade mostrando uma certa androgenia (diziam que não eram homens, nem mulheres, eram gente). Vale ressaltar que não se tratava de um show de travestis.
O grupo, também chamado de família, revolucionou a cena daquela época, com o apuro e o rigor dos movimentos durante as apresentações e os números de humor que deixavam transparecer uma crítica sutil ao momento pelo qual o país passava. Fizeram sucesso não só no Brasil (principalmente no eixo Rio-São Paulo), mas também na Europa (onde tiveram Layza Minelli como madrinha).
O documentário de Tatiana Issa e Raphael Alvarez mostra bem o espírito dos Dzi Croquettes e como eles influenciaram artistas que hoje fazem sucesso, como Cláudia Raia, Miguel Falabela e Betty Faria. O filme tem um vastíssimo território a ser explorado e consegue fazer isso na maior parte do tempo, só peca quando deixa o grupo de lado para mostrar a história pessoal de Tatiana Issa (que conviveu com eles quando era criança). Há um corte muito brusco quando ela para de perguntar para os entrevistados sobre os Dzi Croquettes para saber se eles se lembram dela ainda na infância ou então quando coloca uma criança para andar pelo palco enquanto uma voz off diz que ela achava que os artistas eram palhacinhos.
Em todo caso, Dzi Croquettes é um documentário que deve ser assistido nem que seja por curiosidade. É instigante, interessante, lembra quem viveu naquela época e apresenta o grupo para aqueles que não viveram. Vale a pena!

Ficha técnica:
Dzi Croquettes
Diretores: Tatiana Issa e Raphael Alvarez
Gênero: Documentário
Duração: 110 min

Dzi Croquettes foi apresentado durante o FestCine Goiânia.

Para quem quer saber um pouco mais sobre o documentário e também ver os Dzi Croquettes: www.youtube.com/watch?v=GG14Mp2zuHM

Para ler mais sobre o filme: www.revistacinetica.com.br/dzicroquettes.htm

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Anote na agenda (15/11/09)

CINEMA

FestCine Goiânia

Mostra Vencedores do Edital e Prêmio Estímulo Cinema (às15h30)

Mostra Competitiva (a partir das 19h30)

Cattum, de Paulo Miranda (ani./10min/GO)
O Homem Que Engarrafava Nuvens, de Lirio Ferreira (doc./107min/RJ)
É Madeira É Mamoré, de Ângelo Lima (doc./15min/GO)
Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos, de Paulo Halm (fic./ 90min/RJ)

Mostra de Vídeos Caseiros (às 19h30)
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com a Rua 9, Centro.
Ingresso: entrada gratuita

TEATRO

Maria Minhoca

Grupo: Cia. de Teatro Carlos Moreira
Horário: 17h
Local: Teatro Marista
Endereço: Rua Hugo Brill, nº 109, Setor Marista
Ingresso: R$ 10,00 (inteira)e R$ 5,00 (meia)
Contato: 4009-5887

Abril Despedaçado e os ritos de passagem*



“Abril Despedaçado” conta a história de duas famílias que estão em uma guerra centenária por causa da posse da terra no interior do nordeste. Essa guerra tem regras claras: uma pessoa é morta por vez, e o assassino do último sempre será a próxima vítima e a vingança será quando a camisa manchada de sangue do morto anterior amarelar.
Uma dessas famílias tem como filhos Tonho e o menino (assim mesmo sem nome). A presença de uma camisa manchada de sangue marca presença na propriedade e avisa que algo deve acontecer. E acontece. Assim que o sangue amarela, Tonho (o filho do meio) é impelido pelo pai a vingar a morte do irmão mais velho. Logo que concretiza sua missão, ele sabe que pouco tempo lhe resta de vida.
É aí que Tonho e o menino começam a dar sinais de que não concordam com as regras ditadas para vida e morte dos membros da família. A inquietação parte principalmente do caçula da família, sem nome e destinado a ver os irmãos morrerem até que chegue a sua hora.
Tudo começa a mudar quando dois artistas mambembes, Clara e Salustiano, passam pelo sítio onde os irmãos vivem. Clara presenteia o menino com um livro. Mesmo não sabendo ler, ele pode entender a história pelas figuras e também pelo que a artista lhe conta. A partir desse momento menino passa horas com o livro na mão imaginando que um dia a sereia do livro, que na imaginação dele é Clara, vai levá-lo para outro lugar.
A mudança começa a se concretizar quando os irmãos vão até a cidade (sem que o pai saiba) para ver a apresentação dos artistas. Depois do encontro com a arte, Salustiano dá um nome ao menino, que passa a se chamar Pacu. É esse também o ponto detonador para que Tonho decida aproveitar um pouco da vida que ainda lhe resta. Ele, que nunca tinha ido além da pequena cidade vizinha do sítio, decide seguir com os artistas mambembes.
Algum tempo depois, o compromisso com a morte faz com que Tonho retone ao sítio. Na mesma noite, durante uma chuva, Clara aparece no sítio e há a iniciação dele na vida sexual. Pacu, que vê quando a artista vai embora, entra no paiol e veste a roupa do irmão, que dorme, ele inclusive coloca a faixa preta que marca o próximo a morrer na guerra entre as famílias.
O caçula da família caminha pela caatinga contando para si mesmo a história da sereia que veio buscá-lo para o fundo do mar. Nesse exato momento ele é morto, confundido com Tonho. O que representa uma libertação tanto para ele como para o irmão.
Assim como nos ritos de passagem realizados por muitas sociedades que são marcados por sangue, é o sangue derramado de Pacu que vai fazer com que Tonho possa mudar seu status na sociedade. A partir da morte do irmão Tonho se vê livre da tradição familiar e corre ao encontro de si mesmo. Longe do pai, dos vizinhos, da guerra, à procura de uma identidade, no encontro com o mar.
“Abril Despedaçado” fala de encontros de realidades diferentes e em como isso pode mudar a vida das pessoas. Também mostra os ritos de passagem que todos nós celebramos em algum ponto de nossas vidas fazendo com que tudo mude, o chamado turning point.


Ficha Técnica
Título Original: Abril Despedaçado
Gênero: Drama
Duração: 105 min.
Lançamento (Brasil): 2001
Direção: Walter Salles
Roteiro: Walter Salles, Sérgio Machado e Karim Aïnouz, baseado em livro de Ismail Kadará

* Conto o final do filme. Se você é daqueles que não gosta de saber do fim do filme, não leia, ou pare de ler no 6º parágrafo.

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Anote na agenda (sábado, 13/11/09)

CINEMA

FestCine Goiânia

Ressignificar, de Sara Vitória (doc./ 17min/GO)
Se Nada Mais Der Certo, de José Eduardo Belmont (fic./116min/SP)
Descrição da Ilha da Saudade ou Baudelaire e os Teus Cabelos, de Alyne Fratari (fic./ 20min/GO)
Dzi Croquettes, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez (doc./110/RJ)
Horário: a partir das 19h30
Local: Centro Cultural Goiânia Ouro
Endereço: Rua 3, esquina com a Rua 9, Centro.
Ingresso: entrada gratuita

TEATRO


Do Arco da Véia

Grupo: Cia. de Teatro Carlos Moreira
Horário: 20h (serviço) e 21h30 (apresentação)
Local: Oficina Cultural Geppetto
Endereço: Rua 1013, nº467, Setor Pedro Ludovico
Ingresso: R$ 20,00 (adultos) e R$ 10,00 (crianças até 12 anos)
(inclui pizza, refrigerante, suco e a apresentação
Contato: 3241 8447 (Geppetto)

As Aventuras dos Três Porquinhos

Horário: 16h
Local: Teatro Madre Esperança Garrido (Colégio Santo Agostinho)
Endereço: Av. Contorno, Centro, em frente ao Parque Mutirama
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Contato: 8406-4512

DANÇA

Autêntico

Grupo: Contato Grupo de Dança
Local: Teatro Marista
Endereço: Rua Hugo Brill, nº 109, Setor Marista
Ingresso: R$ 20,00 (inteira)e R$ 10,00 (meia)
Contato: 4009-5887

A crítica

"De resto, somos todos críticos, irremediavelmente críticos, incansavelmente críticos, na medida em que a leitura de um livro, a contemplação de um quadro ou de um espetáculo não nos deixam indiferentes, suscitando em nós uma certa reação, favorável ou desfavorável, manifestada seja em palavras, seja na expressão do corpo e da fisionomia, no ar de euforia ou de aborrecimento. O bocejo, a conversa entre vizinhos, a tosse, o estalar da cadeira quando se muda de posição, são outras tantas formas de condenação crítica que nenhum ator ignora. O crítico nesta acepção, a mais lata do vocábulo, é simplesmente outro, o não-eu, a cujo escrutínio e julgamento nunca conseguimos escapar. Daí o espanto indignado de alguns atores. Se todos, nos camarins, após o espetáculo, na fila dos cumprimentos, foram unânimes em elogiar o seu desempenho, porque só aquele miserável mortal que ainda por cima dispõe de uma coluna jornalística declara o contrário? A resposta é óbvia: porque só ele, por dever de ofício, disse exatamente o que pensava, infringindo os mais elementares preceitos da boa convivência e da boa educação.
Mas quem lhe deu o direito de expressar em público e em letra de forma o que os outros, geralmente com crueldade bem maior, reservam aos comentários orais? De onde lhe vem essa autoridade, tão espirituosamente contestada por Diderot?
Em parte dele mesmo. O crítico, como qualquer profissional, vale por sua competência no assunto, por sua informação estética e histórica, por sua perspicácia discernimento."

Décio de Almeida Prado, em Exercício Findo: Crítica Teatral ( 1964 – 1968).

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    Jornalista por formação, especialista em Filosofia da Arte. Trabalho em TV, mas sempre ligada ao Jornalismo Cultural, com ênfase em Teatro e Cinema.

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