Paixão pelo cinema em “Os sonhadores”



“Os sonhadores” (The Dreamers, 2003) é um envolvente drama sobre cinefilia, isto é, o gosto pelo cinema. Mathew, um norte-americano, que se mudou para Paris conhece Isabelle e Theo, filhos gêmeos de um poeta. Os irmãos aproveitam que os pais viajam para convidar o novo amigo para passar alguns dias na casa deles. Lá eles começam um intenso jogo de atração e sexo, que se baseia em cenas de outros filmes.
Em determinadas partes do longa, Isabelle ou Theo fazem mímicas ou adivinhações que remetem à filmes antigos, e enquanto eles os executam, vemos imagens dos clássicos de que estão tratando.
Aquele que não acerta nesse jogo deve pagar uma prenda. E como os gêmeos não estão de brincadeira, a prenda é sempre algo picante, como se masturbar na frente dos outros ou quando Mathew tem que fazer sexo com Isabelle na cozinha da casa.
O norte-americano, que no começo se mostra tímido, depois se solta e entra no jogo. Assim, ele é considerado o integrante que faltava ao grupo. Então, eles recriam a cena do filme “Bande à part”, em que três amigos correm pelo Louvre.
Mas aos poucos os amigos vão descobrindo os conflitos que os separam e também os medos que os unem. Os ciúmes de Isabelle e Theo, a paixão da moça por Mathew tudo se une para que eles comecem a discordar entre si.
“Os Sonhadores” tem uma ótima fotografia. É um filme com roteiro envolvente que consegue mesclar muito bem a história nova (dos amigos) com os filmes antigos. É um prato cheio para amantes do cinema.

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    Goiânia, Goiás, Brazil
    Jornalista por formação, especialista em Filosofia da Arte. Trabalho em TV, mas sempre ligada ao Jornalismo Cultural, com ênfase em Teatro e Cinema.

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